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sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Povos Primitivos. 8º AT. EMILY VAZ

Hoje o dia foi diferente. Eu e minha tribo nos reunimos em Altamira no Pará, contra a construção de barragens hidrelétricas em uma das maiores reservas indígenas do país.
Se eles construíssem haveria um grande impacto ambiental na região.
A construção dessa Hidrelétrica mudaria o nosso modo de vida, acabaria com os recursos necessários para nossa sobrevivência e ou até pior causando problemas de saúde para vários índios.
Não se tratava de impedir o processo de progresso do país e sim de ao nosso direito de vida, à nossa terra e ao nosso modo de vida.
Os Ikpeng realmente se preocupavam com a construção dessa Hidrelétrica. O Governo não entendia a questão indígena. Só pensava num modelo que destrói os recursos naturais de uma minoria, a favor dos interesses de uma maioria e dos fazendeiros.
Meu apelido aqui era Cambie, todos os indígenas desta região me elogiavam pela força de vontade de lugar pelos direitos deles.
Sempre brigava com a imprensa e com o governo, eu nunca fui a favor dessa Hidrelétrica. Eles não tinham respeito algum pelos direitos e pelo nosso modo de vida pouco atual.
Podiam até achar estranha porque preferíamos viver em moradias pequenas ao invés de construir uma metrópole ou coisa do tipo. Então certo dia, procurei a Assembléia-geral da ONU, depois de muitas polemicas e bate boca com o povo, assinaram a Declaração direitos dos Povos Indígenas para proteger os mais de 370 milhões povos espalhados pelo mundo inteiro.
Com isso minha tribo conseguiu viver mais segura de que ninguém faria nenhum projeto que não nos trouxesse benefícios ou qualquer ameaça á nossa existência.
E finalmente conseguimos o direito de viver ao nosso modo que por gerações era passado de pai pra filho.

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